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Foto do escritorLipe Diaz

Como trabalhar com Animação?





Muitas pessoas almejam trabalhar com a produção de desenhos animados, mas poucos tem uma compreensão plena da jornada a que isso as direciona. Para preencher essa lacuna, procurei elaborar algumas explicações acerca das práticas nesse meio profissional e considerações sobre esse mercado de trabalho.


Animações comerciais (entenda-se que me refiro às animações que tem o potencial de gerar capital para aqueles envolvidos na sua criação e não necessariamente aquelas feitas com mentalidade estritamente voltada para vender bens, produtos e serviços) são produzidas, em geral, por estúdios, com diversos profissionais que realizam diferentes funções dentro de uma estrutura técnica. Existem aqueles que trabalham com design de personagens, os que trabalham com a produção dos Storyboards (que dão base para as cenas propriamente animadas a partir da ideia original), aqueles que escrevem os roteiros aos quais os desenhos irão dar vida e aqueles que fazem a arte finalizada para ser animada, quando aplicadas as ferramentas que reúnem os frames em sequência e constroem a percepção de movimento. Em alguns casos, pode haver profissionais especializados em apenas determinado elemento da animação, como cenários e planos de fundo ou efeitos especiais.



Dentro de um estúdio profissional, há espaço para Guias de Referências (uma vez que o artista deve conseguir representar a realidade através do estilo de animação ao qual a produção será elaborada, é importante que se encontre à sua disposição imagens dos objetos reais que deseja retratar, para que sua abordagem não fuja do que é comum aos olhos do espectador), painéis de cortiça ou no estilo quadro branco magnetizado (onde são expostas as artes do Storyboard) e um lugar para armazenamento das artes desenvolvidas no processo de animação. Entre os equipamentos utilizados, um dos itens mais importantes para a animação tradicional são as Mesas de Luz (também conhecida nesse segmento pela alcunha de Caixa de Animação), que basicamente compreendem uma superfície rígida com parte dela suficientemente translúcida para que a luz atravesse o material e permita que o artista acompanhe a evolução da fluidez no traço, a partir dos separados frames criados (cada frame compreende a um desenho, que é reunido a outras artes com pequena alteração em relação à original, construindo assim uma ilusão de movimento). Para a animação digital, o mais comum são estações de trabalho com mesas digitalizadoras, que permitem transferir os movimentos do pulso, que seriam feitos no papel, diretamente para o computador, sincronizados em programas de tratamento de imagem, como Photoshop e Clip Studio Paint, ou os mais específicos para o campo da animação Toon Boom, Pencil 2D, Filmora e After Effects.




















Em geral, os estúdios têm mais circuito junto ao mercado, através de acordos firmados com distribuidores que levam suas produções para serem exibidas em salas de cinema, programas de televisão, comerciais animados ou mesmo em plataformas digitais direcionadas para esse tipo de serviço, como as plataformas de streaming Netflix, Amazon Prime, Crunchyroll, entre outras. Apesar de as narrativas episódicas de séries animadas serem exibidas normalmente em caráter semanal, o processo de criação e desenvolvimento de uma obra dessa natureza requer meses de trabalho de profissionais, sejam sentados diante de pranchetas ou na frente dos dispositivos eletrônicos com os quais dão forma às suas imaginações. Para tanto, o formato dos estúdios possibilita uma dinâmica mais passível de gerar resultados em volume e qualidade, uma vez que tendo as etapas da animação sido divididas entre os artistas, há menor chance de sobrecarga física e mental do profissional.



Até poucas décadas atrás, esse era o único caminho possível que as pessoas que desejavam trabalhar com animação poderiam seguir, contudo, com a criação de novos dispositivos e o desenvolvimento de tecnologias a passo acelerado nas sociedades ao redor do mundo todo, surgiram novas alternativas. Nesse novo cenário virtual, surgiram os animadores independentes, que recorrem às mídias sociais para que sua produção alcance o seu público. Apesar de esse novo meio oferecer certos benefícios para o artista (tais como maior desprendimento sobre prazos e um certo controle sobre o conteúdo que será apresentado no resultado final da sua obra, não carecendo de uma aprovação de gestores de conteúdo com uma perspectiva mais mercadológica do que artística), essa vertente também implica em obstáculos atrelados à capitalização a partir da criação desse material, como as questões relativas à administração de sua distribuição e a possibilidade de se desenvolver objetos e memorabílias a partir desse conteúdo com licenciamentos de imagem. Além disso, o grau de investimento pessoal e financeiro que são necessários para se dar forma a essa empreitada em uma esfera independente não são poucos e nem devem ser menosprezados.


Em ambos os cenários, contudo, o profissional deve estar em sintonia com a realidade do mercado, as expectativas deste, as ofertas de trabalho e o domínio sobre as ferramentas técnicas à disposição do artista, que podem ser seus maiores recursos de expressão.



Com essa mentalidade, acho importante destacar o que o animador Daniel Messias disse certa vez, em uma publicação acerca do mercado de animação. “Talvez não seja exagero afirmar que a tecnologia digital foi responsável por uma das grandes revoluções da história. Seus efeitos transformadores se fizeram sentir em todas as atividades sociais e culturais modernas e seu alcance ainda não foi devidamente avaliado. [...] O boom da nova tecnologia também foi responsável pela mudança do perfil do profissional emergente, expert nas novas ferramentas. Mas sem a mão criativa do animador, o computador sozinho não consegue dar aquele sopro de vida e de espírito às criações. Enquanto as pessoas se divertirem com bons desenhos [...] elas continuarão acreditando que os personagens têm vida própria, [que] são reais. [...] As novas gerações devem se sentir encorajadas a aprender tudo sobre animação e a produção de um filme.”


Para entrar e permanecer em atividade nesse ramo, como em qualquer setor profissional artístico, é necessário compreender e dominar fundamentos básicos do desenho, como proporção, dinamismo visual e composição. Para tanto, é que a Escola Lipe Diaz oferece o Curso de Desenho Básico, onde esses princípios começarão a ser trabalhados nos alunos passo a passo, o Curso de Desenho Digital, onde será trabalhada a dinâmica com as ferramentas tecnológicas mais atuais à disposição, o Curso de Histórias em Quadrinhos & Story Board, onde se são estudadas as técnicas de narrativa visual que são tão importantes na construção de uma obra animada, e o Curso de Animação, que visa desenvolver as faculdades apresentadas naquele primeiro momento para o campo da animação especificamente. Como representante oficial do treinamento no software Toon Boom no Brasil, a escola ainda possui cursos de caráter especial no trabalho com essa plataforma de renome internacional e que podem ser de grande valia na construção de um perfil profissional diferenciado dentro do mercado de trabalho.


A folha de papel ou a tela do computador vão parecer pequenas diante do quanto é possível se realizar com a criatividade e a motivação apropriadas. Venha aprender a dar vida aos seus desenhos conosco!




Texto: Gabriel Guimarães - Fundador do "Quadrinhos para quem gosta"

Arte da capa: Léo Siqueira - Instrutor de Animação Tradicional, Diretor de Arte e Animador Profissional


 

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